O rádio é um veículo de comunicação, baseado na difusão de informações sonoras, por meio de ondas eletromagnéticas, em diversas frequências. Em 1893, o padre, cientista e engenheiro gaúcho Roberto Landell de Moura testa a primeira transmissão de fala por ondas eletromagnéticas, sem fio. Mesmo assim é atribuído ao cientista Guglielmo Marconi como sendo o inventor do rádio tendo ganhado a sua patente em 1896. (http://www.srhistoria.blogspot.com/).
Segundo Lia Calabre, “o rádio foi o primeiro meio de comunicação a falar individualmente com as pessoas”. (2002, p.9). Os aparelhos radiofônicos exerciam um verdadeiro fascínio nos lares brasileiros; como no início o custo dos aparelhos era muito elevado, quem tinha um aparelho o compartilhava com vizinhos e amigos .
Esse meio de comunicação no Brasil se estabeleceu a partir de vários fatores, um veículo de comunicação privado, subordinado às regras do mercado econômico, controlado pelo Estado. Em função das grandes dificuldades enfrentadas pelas primeiras rádios, surgem as rádios sociedades que eram mantidas por um grupo de associados que colaboravam com uma quantia mensal.
No Brasil, a história do rádio teve início com a primeira transmissão radiofônica que aconteceu em 7 de setembro de 1922. A transmissão foi promovida pela estação de rádio Westinghouse Electric fazendo parte das comemorações da Independência. (http://radio1986.blogspot.com).
Logo após essa transmissão em 1923, Roquette Pinto e Henrique Morize criaram a rádio Sociedade do Rio de Janeiro, que contava na sua programação com programas educativos e culturais. Depois dela outras rádios surgiram, porém somente em 1936 foi inaugurada a Rádio Nacional na capital Fluminense, a maior emissora que manteve sua audiência durante duas décadas.(Folha de São Paulo, 1982).
O rádio é um veículo de comunicação que tem mais de 80 anos e continua sendo apreciado pelo público. Hoje foi adaptado às novas mídias como a internet. Ele alcança 96% do território nacional, a maior cobertura entre todos os meios de comunicação, com público aproximado de noventa milhões de ouvintes. Segundo dados do Ministério das Comunicações, “o Brasil possui aproximadamente 3.000 emissoras de rádio, sendo que distribuídas aproximadamente em 50% para AM e FM.” (JUNG, 2004. P.13).
Com a chegada da televisão, o rádio sofreu transformações em sua grade de programação, mas não desapareceu como apostaram muitos. Os programas de auditório migraram para a televisão. A notícia e a prestação de serviços foram importantes para a implantação da rádio no Brasil, e esse diferencial manteve a sustentação do rádio, logo quando surge a televisão. As rádios que na transição apostaram no jornalismo ganharam credibilidade. (JUNG, 2004, P.14-15).
A primeira empresa a fazer jornalismo em rádio FM foi a CBN, na metade da década de 1990. Com isso o paradigma foi quebrado de que FM só servia para tocar música. Segundo O livro “Jornalismo de Rádio”, de Milton Jung, o veículo só perde a credibilidade para a Igreja católica. Um dos principais problemas da rádio é em fidelizar e caracterizar um público, pois o ouvinte muda com muita frequência de estação e escuta apenas partes dos programas, e com isso eles constroem uma imagem sobre a emissora. A redundância na rádio se torna fundamental para o ouvinte que acabou de sintonizar (JUNG,2004,P.46).
A mudança que ocorreu nas rádios e está atingindo também as televisões é a convergência, que faz com que as rádios se remodelem para atender ao público que acessa internet. As rádios pela internet possibilitam que um ouvinte de outra cidade escute qualquer rádio de qualquer lugar pelo computador (JUNG, 2004, P.65-66).
Atualmente existem vários formatos evidenciados nas rádios brasileiras. Os formatos nada mais são do que a maneira como as rádios se posicionam para o mercado.Eles podem ser: informativos, voltados para a difusão da informação, musical, geralmente nas FMs, comunitário, nas rádios de comunidades carentes, prestando serviços, educativo-cultural, religiosos sendo católicos ou evangélicos,com participação do ouvinte ao vivo ou através de telefone ou cartas, esportivo com narrações dos jogos e comentários do esporte em geral (FERRARETTO,2001 ,p.61).
Em Salvador, a rádio Band News FM e a Rádio CBN se destacam pelo seu cunho informativo ao transmitir noticiários ao longo da sua programação com comentaristas e jornalistas especializados em economia e política, por exemplo. As rádios FM em geral transmitem músicas, a exemplo da Piatã e a Globo FM. E no segmento Educativo-cultural se destaca a rádio Educadora FM, que conta com os mais variados formatos sempre evidenciando a parte cultural e educacional em seus programas.
